Europa registra verão mais quente da história em 2022
Temperaturas chegaram a ultrapassar as registradas em 2018 por uma margem de 0,8°C
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Dados do programa da União Europeia de observação da Terra por satélite, o Copernicus, mostram que o verão europeu de 2022 foi oficialmente o mais quente da história. As temperaturas chegaram a ultrapassar as registradas em 2018 por uma margem de 0,8°C e as de 2021 por uma margem de 0,4°C. Na região, as condições registradas no mês de agosto foram maiores na parte leste e bem mais substanciais na sudoeste, onde estavam bem acima da média também nos meses de junho e julho.
O mês não foi somente mais quente para o verão na Europa, mas também atingiu um nível global. A temperatura média de agosto ficou 0,3°C acima das registradas no mesmo período de 1991 a 2020 no mundo. Além das altas temperaturas no continente Europeu, a região também enfrenta a maior seca em 500 anos. O que coloca em risco as safras, principalmente os rendimentos de milho, alarga a pressão sobre a oferta de energia e ameaça agravar ainda mais a crise econômica.
Além da Europa, grande parte da China teve temperaturas muito acima da média. As condições das ondas de calor foram especialmente severas na Bacia de Sichuan, afetada pela seca. As regiões ocidentais do Canadá e dos Estados Unidos também tiveram temperaturas excepcionalmente altas.
O Paquistão, atingido pelas inundações, continuou a ter temperaturas abaixo da média. Ao norte e ao leste, uma grande área de temperatura abaixo da média se estendia das repúblicas da Ásia Central, passando pela Rússia central e Mongólia até o noroeste da China. Já a extensão do gelo marinho da Antártida atingiu o segundo valor mais baixo para agosto no registro de dados de satélite de 44 anos, 4% abaixo da média.