Ex-procurador da Lava Jato confessa ter pago outdoor, mas não é punido
Justiça alega que prazo para punição expirou
Foto: Reprodução/Internet
Uma sindicância da corregedoria do MPF (Ministério Público Federal) concluiu que o procurador da República Diogo Castor pagou por um outdoor em homenagem à operação Lava Jato enquanto era membro da força-tarefa da operação. O processo sobre o caso, entretanto, foi arquivado, pois o prazo para punir Castor acabou.
O procurador foi um dos primeiros membros da Lava Jato. Ingressou na força-tarefa em 2014, assim que ela foi criada, e se desligou do grupo em abril de 2019 alegando problemas de saúde. O outdoor pago por Castor foi instalado numa via de acesso ao Aeroporto internacional de Curituba em março do ano passado.
Nele, há fotos de integrantes da operação, incluindo o próprio Castor, e a frase: "Bem-vindo à República de Curitiba, terra da Lava Jato, a investigação que mudou o país.". Pouco antes de deixar a operação, Castor pagou por meio de um "contato pessoal" a instalação de outdoor comemorativo aos cinco anos da Lava Jato. Em depoimento prestado em maio deste ano, o procurador afirmou que queria "elogiar e levantar o moral do grupo [de procuradores]", o qual vinha sendo injustamente pressionado e atacado, segundo ele.