Farol da Bahia participa do lançamento do novo Citröen C3
“Novidade foi feita para rodar nas ruas e estradas da América do Sul”, disseram executivos ao mostrar o novo compacto
Quase três anos após descontinuar a antiga geração do C3, a Citröen reuniu um grupo de jornalistas no Rio de Janeiro para pré-apresentar a nova geração da novidade. Feito sobre a nova plataforma CMP com produção concentrada em Porto Real/RJ, o novo C3 tem uma nova proposta de posicionamento de mercado para incomodar os concorrentes.
Neste primeiro momento o Farol da Bahia não pode detalhar informações técnicas sobre a novidade mas sim a estratégia por trás do novo produto que vai liderar o crescimento da marca do grupo Stellantis.
O novo Citröen C3 foi desenvolvido em parte pela antiga PSA e desde o ano passado com a participação da engenharia das demais marcas do grupo sob a bandeira de Stellantis.
O Citröen C3 faz parte de um novo posicionamento da marca e isso não é nenhum “bla bla bla” de marketing. O Plano da Citröen é oferecer “inovação acessível, uma marca cool, confiável e sustentável e que terá 3 lançamentos em 3 anos” explica Silvia Torrecillas, gerente de marketing e publicidade da marca.
Inicialmente a Citröen disse que o C3 teria “atitude SUV” sem elencar mas destacando as habilidades como maior altura do solo. Esse é o destaque do novo carro ao olharmos seu perfil. A posição de dirigir é mais alta do que os concorrentes, há vários porta objetos é um perfil elevado para justificar essa proposta.
Por fora, linha de design afilado com faróis que seguem o estilo usado por outro modelos na Europa. A capô é horizontal nas linhas e o pára-brisa reto, ampliando a percepção de tamanho embora o C3 esteja no porte e peso dos concorrentes.
Por dentro, painel recuado com superfícies que mesclam plásticos em vários estilos mais ou menos rugosos. Há um painel com saídas de ar em destaque com controle de fluxo e direção de ar, que é sempre manual mesmo no modelo mais caro que ilustra essa reportagem. A direção é elétrica e o câmbio tem alavanca vazada bem como a base do volante.
Ao ligar o carro com chave que tem telecomando o carro exibe no painel muitas luzes espia e um conjunto pequeno totalmente digital. Ali se vê apenas velocímetro, marcador de nível de combustível e temperatura. Diante da moldura avantajada, o painel é pequeno.
Foco no volume
Laurren barria, diretor de comunicação e marketing Global da Citröen, diz que a nisso é “aumentar significativamente os volume da marca fora da Europa sendo que a América do Sul é o principal mercado e que vai liderar a progressão da marca”.
Hoje os hatches são 20% do mercado onde estão Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Volkswagen Gol e também “produtos da casa” como Fiat Argo e Peugeot 208. O C3 promete o maior porta malas, melhor espaço interno e melhor preço tanto na aquisição quanto nas revisões.
Foram mais de 1 milhão de horas de engenharia e mais de 1 milhão de quilômetros rodados com o carro até chave ao produto final. Com tamanho otimismo a Citröen já começa a trabalhar em dois turnos para acelerar a produção do C3 no Rio de Janeiro.
A ideia é ganhar volume e triplicar a participação da marca francesa no mercado nacional. Hoje a Citröen tem 1% e quer chegar a 2024 com 4%.
Desenvolvido na Índia e no Brasil
O C3 foi desenvolvido pela engenharia da PSA na Índia e no Brasil para rodar em terrenos ruins com foco no consumidor que busca seu primeiro carro ou não tem orçamento para adquirir um veículo de segmento superior.
Ao dirigir o carro pela primeira vez o destaque fica por conta da ergonomia. A cabine do C3 é elevada com comandos simplificados. Se nota que a suspensão teve uma boa mão da Fiat com curso ampliado voltado ao conforto e o câmbio automático aproveite bem o motor do carro que é bem leve.
No dia 30 poderemos analisar melhor o Citröen C3 e a estratégia por trás de um carro que quer retomar a posição de volume para a marca francesa.