Federação Brasileira de Síndrome de Down publica nota de repúdio contra falas de Fernanda, do BBB 24
Sister se referiu a colega de confinamento como uma pessoa 'dodói' e com 'cromossomo a menos'
Foto: Reprodução / Globoplay
A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down divulgou uma nota de repúdio em resposta à fala da participante do BBB 24, Fernanda, que se referiu a uma colega de confinamento como uma pessoa "dodói" com cromossomo a menos.
No seu perfil oficial em uma rede social, a federação definiu a fala como capacitista e discriminatória. “Por meio desta nota, expressamos veemente nosso repúdio às falas capacitistas e discriminatórias proferidas pela participante do reality show Big Brother Brasil 2024, Fernanda Bande, em relação às pessoas que têm alteração cromossômica”, começou o texto.
Em seguida, a entidade lembrou que a fala de Fernanda ainda tenha acontecido na semana em que se comemora o dia nacional e internacional da síndrome de Down.
“É lamentável, que em plena semana na qual se comemora o dia nacional e internacional da síndrome de Down, dia 21 de março, cujo propósito é trazer esclarecimentos e informações acerca dessa condição genética e eliminar o preconceito ainda existente na sociedade, que um programa repercutido nacionalmente propague esse tipo de conteúdo”, continuou.
No comunicado, a entidade também reforçou que o comportamento de Fernanda, que é mãe de uma criança com autismo, estrutura o preconceito contra as pessoas com deficiência.
“Reforçamos que este comportamento implica na continuação estrutural do preconceito contra as pessoas com deficiência, infringindo a lei n° 13.146/15 (LBI – Lei Brasileira de Inclusão) que deixa bem claro, em seu Art. 88, que é crime praticar, induzir ou incitar discriminação contra pessoas em razão de sua deficiência. Nos causa grande estranheza terem sido proferidas pela mãe de uma criança com autismo, que vive a luta pela inclusão no seu cotidiano. Esperamos que o programa e a Rede Globo se manifestem e façam uma retratação, além de disseminar conteúdo informativo a respeito das síndromes existentes, a incluir a síndrome de Down”, encerrou.