Fim do auxílio pode provocar desigualdade semelhante a dos anos 80
Índice de pobreza pode crescer de 11% para 24%

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O encerramento do pagamento do auxílio emergencial pode levar os brasileiros a uma situação de desigualdade semelhante ao patamar dos anos 1980, segundo dados do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
O auxílio é pago pelo Governo Federal para grupos impactados negativamente pela pandemia, como trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores.
Com o fim do benefício, o índice de pobreza, que caiu para 11% em setembro deste ano, pode atingir 24%, ou seja, um quarto da população será atingida, conforme análise do estudo.
Os pesquisadores também apontam que a renda para os beneficiários que tiveram o salário reduzido ou o contrato suspenso pode passar dos R$ 1.321 registrado em setembro para R$ 1.187, caso o auxílio não seja pago.
Prorrogação
Em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o auxílio pode ser prorrogado caso haja uma segunda onda da covid-19 no Brasil. Segundo o ministro, a pasta já tem o cadastro de 64 milhões de possíveis beneficiários na nova prorrogação.