Frentes parlamentares em defesa do serviço público se articulam para discutir reforma administrativa
O deputado Professor Israel entende que a polarização política atrapalha o "debate saudável"
Foto: Poder 360
No Congresso Nacional, coordenadores de Frentes parlamentares que atuam em defesa do serviço público reclamam da falta de diálogo do Executivo com os servidores públicos para a elaboração do texto da reforma administrativa. Coordenadores de duas frentes do setor, que atuam de forma independente, os deputados federais Alice Portugal (PCdoB-BA) e Professor Israel Batista (PV-DF) entendem que as mudanças propostas pela equipe econômica tinham que ser previamente conversadas com as categorias, que recebem críticas constantes de membros do governo.
O deputado Professor Israel entende que a polarização política atrapalha o "debate saudável" e que os servidores que não podem aceitar pagar sozinhos a conta da crise fiscal. Para ele, é razoável que se trate progressão de carreira, da mobilidade do servidor e de mecanismos de avaliação que não possibilitem perseguições políticas.
"Nós não vamos aceitar a PEC Emergencial que para nós já é parte da reforma administrativa, mandada como um cavalo de Troia,que trata de redução de salários e de jornada de trabalho. Não vamos aceitar um debate sobre a estabilidade do servidor, como se fosse um privilégio e não uma garantia democrática", adiantou o deputado.
Alice Portugal concorda e destaca que é preciso esclarecer à sociedade a importância do serviço público, já que segundo ela, a reforma não atinge apenas os servidores, mas toda a população, que necessita de atendimento médico e escolas, por exemplo.
A deputada entende que as discussões em torno da reforma administrativa devem ser tão "acaloradas" como as da reforma da Previdência e adiantou que cada ponto será discutido para a garantia dos direitos das categorias, que tem mobilização marcada para o dia 18 de março.