Frota afirma a PF que "CPI das Fake News" encontraram mais de 30 IPs de assessores de Douglas Garcia
Suspeita é de envolvimento em esquema de "linchamento virtual"
Foto: Reprodução/A Gazeta
A investigação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Fake News identificou ao menos 33 endereços IP ligados a três funcionários do deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) que estariam envolvidos em um suposto esquema de "linchamento virtual" por meio de "fake news". A informação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) no depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 29 de setembro no inquérito que apura o financiamento e divulgação de atos antidemocráticos.
Os dados que relacionados aos assessores de Douglas foram apresentados por Frota na esteira de informações que implicariam diretamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No caso de Eduardo, os investigadores identificaram IPs de computadores supostamente responsáveis ela "orientação, determinação e divulgação" de "fake news" e ataques virtuais em dois endereços ligados ao filho "03" do presidente em Brasília e no Rio de Janeiro.
Já no caso dos assessores de Douglas Garcia, Frota indicou que os IPs identificados pela CMPI das Fake News apontam para ao menos quatro endereços localizados na cidade de São Paulo. Somente com relação a um desses endereços, os investigadores teriam identificado 30 endereços de IP e uma linha telefônica.
Em seu depoimento Frota ainda frisou que os três assessores de Douglas Garcia são ligados ao movimento Brasil Conservador, que é coordenado pelo deputado estadual em conjunto com seu ex-chefe de gabinete, Edson Pires Salomão. Este último e investigado no inquérito das no Supremo e foi alvo de buscas em maio no âmbito das apurações. Na ocasião, os agentes apreenderam computadores no gabinete de Garcia na ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo).