George Santos se declara culpado nos EUA e pode ser condenado a dois anos
Santos inicialmente se declarou inocente
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O ex-congressista dos Estados Unidos George Santos se declarou culpado de acusações criminais de corrupção nesta segunda-feira (19), consolidando a queda de um político novato que foi expulso do Congresso no ano passado após um mandato breve e repleto de escândalos.
Santos, um republicano, se declarou culpado de uma acusação de fraude eletrônica e de uma acusação de roubo de identidade agravado, que acarreta pena mínima de dois anos de prisão.
Ele declarou sua culpa em uma audiência perante a juíza distrital dos EUA Joanna Seybert em Central Islip, Nova York, em Long Island. Depois de se declarar culpado, Santos, 36 anos, pediu desculpas aos seus eleitores.
“Lamento profundamente a minha conduta e os danos que causou e aceito total responsabilidade pelas minhas ações”, disse Santos no tribunal, com a voz trêmula ao ler uma declaração preparada.
Santos foi alvo de acusações federais em maio de 2023 por lavagem de fundos de campanha para pagar suas despesas pessoais, cobrança de cartões de crédito de doadores sem seu consentimento e recebimento de seguro-desemprego enquanto estava empregado.
Santos inicialmente se declarou inocente. Ele estava em negociações de confissão com os promotores desde dezembro passado.
Sua acusação levou os legisladores a expulsá-lo da Câmara dos Representantes em dezembro. “Para o inferno com este lugar”, disse ele pouco depois.
Santos passou grande parte dos seus 11 meses no cargo envolvido em escândalos e marginalizado pelos seus colegas legisladores, após revelações de que tinha mentido sobre grande parte do seu passado.
Uma investigação bipartidária do Comitê de Ética da Câmara descobriu que ele gastou dinheiro de campanha em Botox, marcas de luxo como Hermes e OnlyFans, uma plataforma online conhecida por conteúdo sexual.
A cadeira de Santos, que representa uma pequena fatia da cidade de Nova York e de alguns dos seus subúrbios a leste, foi preenchida numa eleição especial em fevereiro pelo democrata Tom Suozzi.
