Governo aponta que número de mortes de Yanomamis é mais alto do que o divulgado
Profissionais de saúde alegam subnotificação no governo de Jair Bolsonaro
Foto: Agência Brasil
Ethel Maciel, secretária de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, admitiu, nesta quinta-feira (22), que há uma subnotificação das mortes registradas em 2023 na terra indígena Yanomami.
“Ainda temos alguns polos fechados, nós estamos recompondo as equipes. Havia uma questão de insegurança no início, então as equipes começaram a se descolar mais no segundo semestre. Então temos a certeza que certamente temos subnotificação, mas agora sabemos que temos e sabemos onde temos, e temos o mapeamento, o diagnóstico do que está acontecendo no território”, afirmou a secretária de Vigilância e Saúde.
O Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas da etnia Yanomami ao longo de 2023, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O número representa um aumento em comparação com o ano anterior, quando 343 indígenas perderam a vida. O território protegido é alvo de ações criminosas de garimpeiros ilegais que invadiram a região.
No entanto, o Ministério da Saúde reforça que há uma subnotificação dos dados sobre mortes de Yanomamis durante o último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Os representantes do governo federal destacam que as ações do último ano foram emergenciais e que estão trabalhando em projetos permanentes para garantir a saúde da população Yanomami e o combate a crimes na terra protegida.