Governo estadual estabelece que Vale auxilie cidades atingidas por enchentes, em Minas Gerais
Mineradora terá que oferecer ajuda a moradores de cidades localizadas ao longo do Rio Paraopeba
Foto: Reprodução/Twitter
Em ofício enviado nesta terça-feira (18), o governo de Minas Gerais estabeleceu que a mineradora Vale deve prestar auxílio à população de cidades localizadas ao longo do Rio Paraopeba, afetadas pelas chuvas.
A mineradora terá que executar uma série de medidas para ajudar a população afetada por alagamentos ou outras consequências das fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos meses.
O ofício foi entregue à representantes da mineradora. Nele, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) determinam que a empresa apoie as prefeituras dos municípios atingidos pelas chuvas a providenciarem a limpeza de vias públicas e de propriedades particulares.
Além disso, a Vale terá que providenciar destino adequado para todo o material removido; garantindo também o fornecimento de água bruta para as áreas da região impactadas pelas inundações do período chuvoso e promovendo a manutenção de parte das estruturas danificadas.
Ações de estabilização de taludes e de margens terão que ser executadas pela mineradora ao longo de todos os rios da bacia hidrográfica do Paraopeba afetados, a fim de evitar a erosão e que mais rejeitos cheguem aos cursos d´água. Além de identificar poços de captação de água para consumo humano atingidos pelas enchentes.
Em nota, o governo estadual informou que determinou as medidas em função do “aumento significativo no nível e da vazão do Rio Paraopeba” provocado pelas chuvas.
Em janeiro de 2019, o Rio Paraopeba foi atingido por toneladas de rejeitos de minério e de lama após o rompimento da barragem em Brumadinho.
Em comunicado, a Vale informou à Agência Brasil que já está acompanhando a situação das áreas alagadas pelas recentes chuvas e prestando apoio às comunidades ribeirinhas existentes entre as cidades de Brumadinho e Pompeu.
“Desde o último dia 8, a Vale tem atuado com foco na assistência aos moradores atingidos pelas fortes chuvas, em garantir a segurança de suas equipes e no apoio irrestrito ao poder público e à Defesa Civil, com o fornecimento de recursos e equipamentos para prestar apoio às comunidades”, informou.
“Importante destacar que o rejeito de minério de ferro é formado em sua maioria por minerais ferrosos e quartzo, sendo classificado como não perigoso e, consequentemente, não tóxico”, acrescenta a empresa.
“Até o fim de 2021, foram coletadas 685 amostras de rejeito, entre coletas feitas pela Vale e instituições de ensino e pesquisa. Todas as amostras do programa são enviadas para laboratórios especializados. Esses estudos consideram condições geoquímicas específicas, com a utilização de metodologias reconhecidas internacionalmente. Os dados são igualmente avaliados pelos órgãos ambientais e acompanhados por auditoria do Ministério Público”., concluiu.