Governo Federal economiza R$ 1,4 bilhão com trabalho remoto
Redução dos gastos se deu com despesas suspensas de locomoção, energia e internet
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Um levantamento realizado pelo Ministério da Economia aponta que, entre março de 2020 e junho de 2021, o governo federal conseguiu economizar R$ 1,4 bilhão com a adesão da União ao modelo de trabalho remoto para os servidores públicos. Esse resultado pode ser explicado a partir das economias com as contas de energia e internet, por exemplo. De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), quem trabalha remotamente é obrigado a assumir todos os custos, que estão mais caros agora por causa da inflação em alta, uma vez que a União não oferece contrapartidas.
Ao todo, o levantamento aponta que a redução dos gastos se deu com despesas de passagens e locomoção (menos R$ 512.630.210), diárias (menos R$ 450.240.059), energia elétrica (menos R$ 392.910.132), cópias e reproduções de documentos (menos R$ 57.770.977) e serviços de água e esgoto (menos R$ 5.947.113).
Em nota, a Fenasps diz que entidades estão orientando as categorias a guardar comprovações de todas as despesas com o teletrabalho. "Vamos ingressar com ações na justiça e com denúncias no MPT (Ministério Público do Trabalho), MPF (Ministério Público Federal) e TCU (Tribunal de Contas da União), pedindo reembolso atualizado dos valores", afirma o texto. Além disso, outro problema do trabalho remoto, segundo a Fenasps, é aumento da jornada de trabalho com "metas abusivas, agravado pelo confisco de auxílio-transporte, adicional noturno e adicional de insalubridade". Neste momento, a orientação para os servidores é computar todas as horas extras feitas para dar conta da demanda.