Grupo preso por produzir e vender anabolizante clandestino misturava produto com substâncias tóxicas e remédio para sarna
Mercadoria era feita em garagens e casas dentro de localidades dominadas pelo crime no Rio
Foto: Divulgação
O grupo investigado por financiar e produzir anabolizantes clandestinos misturava substâncias tóxicas no material, que era vendido por influenciadores e organizações de fisiculturismo no Rio de Janeiro. Ao todo, 15 pessoas foram presas no dia 14 deste mês. Neste domingo (19), detalhes das prisões foram divulgados.
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, a mercadoria era preparada em ambientes sem higiene e misturada com substâncias tóxicas –, incluindo até remédio para sarna. A marca Next, conhecida no meio do fisiculturismo, era fabricada e comercializada de forma clandestina em condições de insalubridade extrema.
O programa Fantástico, da TV Globo, visitou um dos pontos de estoque dos produtos, que eram feitos em garagens e casas dentro de localidades dominadas pelo crime organizado no Rio de Janeiro.
A polícia calcula que o grupo movimentou R$ 82 milhões em seis meses com a venda ilegal dos anabolizantes. Para obter sucesso nas vendas, influenciadores eram patrocinados pela marca e recebiam até R$ 10 mil por mês para promover os produtos ilegais.
Além do tráfico de anabolizantes, a organização criminosa também é suspeita de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e outros crimes financeiros. A polícia afirma que vai investigar também a rede de influenciadores digitais pagos para divulgar os produtos clandestinos.