Hacker que extorquiu padre Robson alega que material usado para chantagem foi feito dentro da delegacia
Em depoimento, ele também informou que o delegado teria cobrado R$ 165 mil a ele
Foto: Divulgação | Afipe
O hacker Welton Ferreira Nunes, uma das cinco pessoas condenadas após extorquir o padre Robson de Oliveira, revelou, em depoimento, que o material produzido para chantagear o líder religioso foi produzido dentro da cadeia com consentimento do delegado Kleyton Manoel Dias, responsável pela investigação do caso, e que após o procedimento, o delegado cobrou dele R$ 165 mil.
Durante as investigações da Operação Vendilhões, que apura supostos desvios de doações de fiéis cometidos pelo padre, a polícia descobriu que Welton supostamente também teria um caso com o padre Robson e que, supostamente, ele possuía vídeos e mensagens que comprovam a relação entre os dois.
Ainda no depoimento, Welton revelou que foi contratado por R$ 1,5 milhão para "pegar informações do padre", porém, ele afirmou que preferiu chantagear o padre pedindo um valor de R$ 2 milhões para não divulgar as supostas provas contra ele.
Ele também disse que só depois de ser preso é que começou a produzir o material contra o líder religioso e, segundo ele, tudo foi feito dentro da delegacia e com a permissão do delegado.
Ao G1 de Goiás, o delegado informou que não iria comentar o assunto. Já a defesa do padre Robson disse, em nota, que o caso "somente reafirma que todo o conteúdo das mensagens mencionadas é falso". A Polícia Civil informou que a Corregedoria irá apurar o caso.