IPCA da RMS desacelera pelo terceiro mês consecutivo e atinge menor patamar do ano
Gasolina e etanol foram os itens que mais contribuíram para o recuo

Foto: Reprodução/Free Pick
A Região Metropolitana de Salvador (RMS) apresentou deflação (-0,14%) no mês de julho. É o que revela o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medida oficial da inflação, divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi o terceiro mês consecutivo de desaceleração e o menor patamar no ano de 2019, além do mais baixo para um mês de julho desde 2014 (-0,61%). Ficou também abaixo da média nacional (0,19%). No mês de julho, 6 das 16 áreas pesquisadas tiveram deflação, com destaque para os municípios de Goiânia-GO (-0,22%) e Rio Branco-AC (-0,21%). Por outro lado, a inflação foi maior nas regiões metropolitanas de Porto Alegre-RS (0,54%) e Rio de Janeiro-RJ (0,30%).
As deflações que mais puxaram o IPCA para baixo na RMS foram nos itens transportes (-1,64%) e vestuário (-1,14%), este último reflexo das liquidações e promoções de julho com influência das roupas (-0,93%), sobretudo as femininas (-1,81%). A gasolina (-6,89%) foi o item que, individualmente, mais contribuiu para o recuo do IPCA de julho, e o etanol (-10,23%) teve a segunda maior contribuição. O óleo diesel também caiu 1,48%.
Os preços nas despesas com saúde e cuidados pessoais recuaram 0,56% com destaque para retração em despesas com perfume (-2,66%) e artigos de maquiagem (-13,27%).
Aumentos
A deflação em julho só não foi maior porque os aumentos em habitação (1,08%) e alimentação e bebidas (0,22%) puxaram o IPCA para cima, influenciado pela energia elétrica (5,45%) e produtos alimentícios consumidos em casa como a cebola (47,17%). As contas de luz entraram na bandeira tarifária amarela, o que influenciou no resultado do item energia elétrica.
Com os resultados do mês, o índice de inflação acumula alta de 2,13% no ano de 2019 e chega a 2,94% nos 12 meses encerrados em julho. A RMS tem a terceira inflação mais baixa no acumulado em 12 meses, ficando acima apenas de Brasília-DF (2,54%) e da Região Metropolitana de Curitiba-PR (2,39%).
Os dois indicadores desaceleraram em relação a junho e estão abaixo da média nacional (2,42% e 3,22%, respectivamente).