Janela Partidária: PL passa a ter a maior bancada na Câmara e fortalece Bolsonaro
PP e Republicanos, legendas que compõem base do governo, também foram fortalecidas
Foto: Divulgação/PL
Após o fim da janela partidária nesta sexta-feira (01), o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a ter a maior base de apoio dominando a Câmara dos Deputados. O PL, partido em que o chefe do Executivo faz parte, passou a ter a maior bancada.
Além disso, o PP e o Republicanos, legendas que têm sido base do governo, também ganharam deputados neste período e ocupam a 3ª e 5ª posição, respectivamente. Ao todo, as três siglas de apoio somam 168 deputados na Câmara, quase um terço do número total.
Antes do início da janela de trocas, os três partidos somavam 118 deputados, sendo 42 no PL, 43 no PP e 33 no Republicanos. Agora, o PL subiu para 73 nomes na Câmara, já o PP chegou a 50 e o Republicanos a 45.
A decisão, junto com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) fortalece o governo para aprovar projetos em plenário em ano de eleição, ganhando vantagem também na distribuição das comissões da Câmara.
Quedas de posições
Pela primeira vez, a legenda do PT, partido do ex-presidente e pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT), deixou de ocupar a liderança na Câmara. Mesmo subindo de 53 para 56 parlamentares, o número registra uma distância expressiva ao número do PL, que ocupa a primeira posição.
O União Brasil, no entanto, apresentou a maior queda e despencou para 47 cadeiras, descendo a bancada para a quarta maior da Casa, atrás do PL (73), do PT (56) e do PP (50). A estimativa da sigla, no início da janela partidária, era de alcançar 81 parlamentares, para isso, o partido chegou a ampliar o fundo eleitoral e o tempo de televisão.
Entre as bancadas de oposição, a tendência é que não haja muita variação antes e depois da janela. O número de deputados do PSB apresentou queda de 32 para 25, ficando na sexta posição, já o PDT desceu de 28 para 20 parlamentares, ocupando a 9ª posição.
A estimativa é que o governo federal tenha uma base sólida, que vota sempre com o Executivo, superior a 180 deputados. A base condicionada deve somar aproximadamente 257 deputados, que votam com o governo em momentos pontuais, o número representa a maioria absoluta da Câmara.