Jaques Wagner afirma ser favorável ao fim da reeleição em cargos do Executivo e rebate fala de Gleisi
O senador discordou da avaliação de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, que já classificou a ideia como "oportunista"
Foto: Agência Senado
O senador Jaques Wagner (PT-BA) disse ser favorável, nesta quinta-feira (29), a aprovação rápida de uma proposta que acabe com o mecanismo de reeleições para cargos no Poder Executivo.
O senador discorda da avaliação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que já classificou a ideia como "oportunista".
"Mesmo que seja para valer só a partir de 2030, a proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população", disse Gleisi nas redes sociais em dezembro.
"Por que é oportunista? Na proposta que está apresentada só os eleitos em 2030 ou em 2028 na eleição municipal, só esses estariam cerceados com o mandato de 5 anos. Quem se eleger em 2024 ou 2026 teria o direito de se eleger em 2028 ou 2030. Não está ceifando ninguém", destacou Jaques.
O relator no Senado da proposta que altera o Código Eleitoral, senador Marcelo Castro (MDB-PI), anunciou nesta quinta-feira (29) que vai apresentar três propostas de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com a reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República. De acordo com Castro, todas as propostas estabelecerão um mandato de 5 anos.
A primeira PEC não prevê a coincidência na mesma data para as eleições gerais para governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República, e as municipais, para prefeitos e vereadores. Pela proposta, os prefeitos eleitos no pleito deste ano ficariam no mandato por 4 anos, até 2028, e teriam direito a uma reeleição, já com o mandato de 5 anos.
Jaques Wagner reforçou que é favorável e disse que espera que o Senado aprove rapidamente a iniciativa. A ideia de Pacheco e de Castro é aprovar a ideia e também outra proposta, com modificações no Código Eleitoral, até o fim do primeiro semestre deste ano.
"É para ontem na minha opinião, a reeleição acho que não funciona. Eleição de dois em dois anos todo mundo sabe que é um inferno. A gente está falando do que agora? Eleição municipal. Acabou a nacional quando?", afirmou o senador.