Política

Jean Wyllys afirma que perdeu cargo na Secom por 'homofobia'

Ex-deputado afirmou que, no final das contas, isso acabou sendo um "livramento"

Por Da Redação
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Jean Wyllys afirma que perdeu cargo na Secom por 'homofobia'

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) manifestou sua visão sobre a perda do cargo que lhe seria oferecido na Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom), alegando que essa decisão foi motivada por "homofobia". Em suas redes sociais nesta quarta-feira (27) ele afirmou que, no final das contas, isso acabou sendo um "livramento". Wyllys também compartilhou uma publicação do ex-deputado estadual Arthur do Val, onde o elogia por "falar a verdade ao invés de tentar contar uma mentira".

Com formação em jornalismo, Jean Wyllys estava na Espanha devido às ameaças que sofreu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, ele retornou ao Brasil e foi acolhido pela primeira-dama, Janja Lula da Silva. O ex-deputado estava prestes a assumir um cargo na área de comunicação oficial da Presidência, na Secom, que é coordenada pelo ministro Paulo Pimenta.

No entanto, a nomeação de Wyllys foi colocada em dúvida pouco tempo depois de seu retorno ao Brasil, devido a uma discussão pública com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), nas redes sociais.

A polêmica surgiu após Leite anunciar que manteria o modelo de gestão cívico-militar nas escolas de seu estado, mesmo após o governo Lula encerrar esse modelo.

Wyllys respondeu às declarações de Leite, questionando a postura do governador: "Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay...? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então... Tá feio, 'bee' (gíria para homem homossexual)", escreveu o ex-deputado.

O governador classificou a manifestação de Wyllys como "deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções" e lamentou o que chamou de "ignorância" do ex-parlamentar. Além disso, Leite levou o caso ao Ministério Público (MP), que obteve uma ordem judicial para que Wyllys apagasse a publicação.

Em 15 de setembro, o MP gaúcho entrou com uma ação criminal contra o ex-deputado, buscando sua condenação por injúria, cuja pena prevista é de um a seis meses de detenção. Normalmente, esse tipo de crime exige que a vítima apresente a queixa pessoalmente, mas o MP alegou que o caso de Leite foi assumido pelo órgão, uma vez que envolveu um funcionário público em exercício de suas funções.

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