Júri popular da boate Kiss pode ser o mais longo da história; confira detalhes
Julgamento começa nesta quarta-feira (1º) e não tem previsão de data para ser finalizado
Foto: Agência Brasil
Após quase nove anos do incêndio na boate Kiss que vitimou 242 jovens, na cidade de Santa Maria (RS), o julgamento dos quatro envolvidos no crime - os empresários e sócios donos da casa de shows, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Bonilha Leão - terá início nesta quarta-feira (1º). Eles responderão pelo crime de homicídio simples com dolo eventual de 242 pessoas e outras 636 tentativas de homicídio.
O julgamento terá início diariamente sempre às 9h, e não deve parar nos fins de semana. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), a previsão é que o julgamento seja o mais longo da história do estado. Já é um dos mais complexos, e envolve, ao todo, cerca 200 servidores de 20 setores diferentes do TJ-RS. O Ministério Público pedirá condenação e prisão dos quatro réus envolvidos na tragédia.
Os efetivos de segurança estarão reforçados, e o TJ-RS contará com apoio das forças de Segurança Pública e da Brigada Militar que estarão presentes tanto no Foro quanto no entorno dos hotéis que hospedará as vítimas e os jurados, como forma de garantir a segurança dos envolvidos.
O tribunal do júri é composto pelo Juiz Orlando Faccini Neto, titular do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, e outros sete jurados a serem escolhidos por meio de sorteio na própria quarta-feira (1º).
Ao longo do julgamento, serão escutadas, ao todo, 20 testemunhas, escolhidas pelo MP e pelos advogados dos acusados, além de 14 vítimas. Entre as testemunhas, estão o ex-prefeito de Santa Maria César Schirmer e o Promotor de Justiça Ricardo Lozza.