Justiça condena Sérgio Cabral a mais 17 anos de prisão por denúncias de propinas
Ex-governador teria recebido R$ 78,9 milhões da Odebrecht em propinas relacionadas a obras no RJ
Foto: Agência Brasil
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi condenado na sexta-feira (20) a mais 17 anos de prisão por uma nova acusação. A 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, por meio do juiz Marcelo Bretas, condenou Cabral pelas denúncias decorrentes das operações Calicute, Eficiência e Tolypeutes.
Segundo o inquérito, Cabral teria recebido R$ 78,9 milhões da Odebrecht em propinas relacionadas a obras na cidade do Rio de Janeiro. Os repasses teriam ocorrido na linha 4 do metrô, no Arco Metropolitano, na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e no projeto de urbanização da favela do Alemão.
Em 2018, o inquérito foi aberto após uma delação de executivos da Andrade Gutierrez. Além de Cabral, foram condenados dois ex-secretários: Wilson Carlos (18 anos, 11 meses e 12 dias, da Secretaria de Governo, e Hudson Braga (15 anos, um mês e 25 dias), da Secretaria de Obras.
Já um ex-assessor, Wagner Jordão Garcia, foi condenado a cinco anos, 11 meses e 20 dias de reclusão. A pena atribuída ao ex-diretor da RioTrilho Heitor Lopes de Sousa Junior foi de nove anos e quatro meses de prisão.
O entendimento do juiz aponta que Cabral teria mercantilizado o cargo no governo do Rio de Janeiro, sendo o principal idealizador e articulador do esquema de corrupção.
Preso desde novembro de 2016, o ex-governador já passou pelos presídios de Bangu 8, Benfica, Complexo Médico de São José dos Pinhais, Batalhão Prisional da Polícia Militar, Bangu 1 e, por fim, o Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros.