Justiça decide que acusados pela morte de Marielle vão a júri popular

Advogados dos acusados vão recorrer mais uma vez

Por Da Redação
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Justiça decide que acusados pela morte de Marielle vão a júri popular

Foto: Lucas Landau/Reuters

A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta terça-feira (9), por unanimidade, o recurso movido pelas defesas do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, presos há dois anos pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em audiência, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiram, após ouvir a defesa e acusação, que os réus vão a júri popular. Contudo, a defesa dos acusados vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

A magistrada Katya Maria de Paula Menezes Monnerat disse que "a prova oral colhida nos autos trouxe sérios e concretos indícios da participação ativa dos réus no crime". O advogado de Lessa, Bruno Castro, questionou as provas apresentadas pelo Ministério Público. "A acusação não há prova e nem indícios de que Ronnie Lessa estivesse dentro daquele carro. Uma testemunha, que não foi ouvida em juízo, categoricamente afirmou que a pessoa que atirou contra o carro que estava a vereadora era uma pessoa negra".

A defesa acrescentou que "a acusação, por falta de provas e pela pressão pública, atropelou muitos passos, muitas garantias e evidências". O advogado Bruno Castro finalizou dizendo que ambas as famílias precisam de respostas após 2 anos de investigação. Já as advogadas que representavam as famílias de Marielle e Anderson alegaram que as provas obtidas pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios da Capital são suficientes. 

O recurso, apreciado pela 1ª Câmara Criminal do TJRJ, teve início pouco antes das 14h30 por videoconferência. Na ocasião, nenhum advogado se apresentou para falar em nome de Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro envolvido no crime.

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