Justiça pede gravações de rádios utilizados por policiais em operação contra miliciano

O juiz Augusto Yuzo, que responde pelas cidades de Esplanada e Alagoinhas, no norte da Bahia, acatou a solicitação do Ministério Público do estado (MP-BA) e determinou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) forneça as gravações de rádios utilizadas pelos policiais durante a operação que resultou na morte do miliciano e ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Adriano da Nóbrega.

A operação foi realizada no último dia 9 no município de Esplanada, onde Adriano estava escondido. Ele estava foragido há um ano e era apontado como um dos criminosos mais procurados pela polícia do Rio de Janeiro e a polícia também suspeita que ele teria envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.

Segundo a Justiça, a medida irá esclarecer os momentos que antecederam a morte do ex-policial. Além disso, a Justiça de Esplanada e Alagoinhas determinou que um exame papiloscópico seja feito nas munições não utilizadas encontradas em uma pistola supostamente utilizada por Adriano, no qual ele teria utilizado para disparar dois tiros contra um escudo usado pela Polícia da Bahia durante o mandado de prisão. A perícia pode esclarecer, neste caso, se Adriano chegou a manusear a munição usada na arma.

Na terça (18), a Justiça da Bahia proibiu a cremação do corpo de Adriano para a realização de uma nova necrópsia para esclarecer a real causa da morte do miliciano.