Lula critica ofensiva de Israel em Gaza e divide opiniões
Após garantir a repatriação de brasileiros, o presidente enfatizou a necessidade de evitar baixas civis, especialmente entre crianças e mulheres
Foto: Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom nas críticas à contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza, afirmando que tem a percepção de que Israel busca ocupar a região e expulsar os palestinos. Suas declarações, comparando as ações israelenses a atos de terrorismo praticados pelo Hamas, geraram debates intensos.
Após garantir a repatriação de brasileiros, Lula enfatizou a necessidade de evitar baixas civis, especialmente entre crianças e mulheres. Diplomatas brasileiros, como Rubens Ricupero, discordam da descrição de Lula, destacando que embora a atuação de Israel seja desproporcional, chamaram os atos de terrorismo não é apropriado.
Ex-embaixadores e diplomatas, como Sérgio Eduardo Moreira Lima, apontam para a importância do direito internacional e do respeito ao direito humanitário, enfatizando a necessidade de proteger civis. Há divergências sobre a abordagem do presidente Lula, com alguns vendo-a como uma expressão legítima de preocupações morais e outros considerando-a uma abordagem diplomática "ultra pessoal".
A recente resolução do Conselho de Segurança da ONU, que pede pausas humanitárias e corredores em Gaza, é outro elemento no cenário diplomático, sendo apoiada pelo Brasil. O texto insta à normalização de bens essenciais e à libertação de reféns, mas enfrentou resistência de alguns países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. O Brasil participou ativamente das negociações e expressou apoio à resolução.