Lula liberou R$ 29,9 bilhões em emendas parlamentares, 17,6% a mais que Bolsonaro em 2022
No ano de 2020, no entanto, o ex-presidente desembolsou mais recursos
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já liberou, em 2023, 17,6% a mais em emendas parlamentares que Jair Bolsonaro em 2022, quando tentou se reeleger. A gestão empenhou R$ 29,95 bilhões até 29 de novembro, enquanto em todo o ano passado o montante disponibilizado pelo governo Bolsonaro chegou a R$ 25,46 bilhões. Contudo, em 2020, o ex-presidente desembolsou mais recursos.
A diferença do valor chancelado em 2023, pela gestão de Lula, é 38,9% maior. No ano passado, o governo de Bolsonaro liberou R$ 25,8 milhões, enquanto neste ano foram autorizados R$ 35,84 bilhões em emendas. A autorização, porém, é uma etapa e não significa que todo o valor será reservado do orçamento federal e pago. As informações são do portal Metrópoles.
Os parlamentares podem indicar o destino dos recursos, mas cabe ao governo federal decidir quando fazer o empenho, que é a reserva do valor. Sem esse aval, as verbas não chegam efetivamente aos estados e municípios.
Nos primeiros meses deste ano, houve lentidão por parte do governo ao liberar recursos, o que gerou reclamação de deputados e senadores. À medida que o Planalto ampliou as negociações de apoio com os partidos do chamado Centrão, o empenho de emendas aumentou.
Emendas em 2020 sob Bolsonaro
O ano de 2020, de Bolsonaro, foi o que mais somou emendas parlamentares desde 2015, início da série histórica do painel do Senado. O aumento se deu devido ao início do chamado “orçamento secreto”, que ganhou tal apelido diante da falta de transparência: era possível saber os valores globais, mas não quem era o autor da indicação.
Em 2020, o governo empenhou para o Parlamento R$ 35,4 bilhões, sendo que, desse montante, R$ 19,7 bilhões eram do orçamento secreto.