Lula tenta se reaproximar de parlamentares evangélicos e Malafaia, diz coluna
O pastor, porém, não quer proximidade com o novo presidente e segue o chamando de 'ladrão'
Foto: PR/Divulgação e Ricardo Stuckert/Divulgação
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já destacou emissários para buscar os principais representantes da igreja evangélica no Congresso Nacional e fora dele, com objetivo de se reaproximar de parlamentares e pastores. As informações são da coluna Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Segundo a reportagem, alguns deputados já estão voltando, como é o caso de Cezinha de Madureira (PSD), que foi um dos mais fiéis aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Cezinha, à equipe da coluna, está aberto ao diálogo com o governo Lula para tratar de "pautas positivas", que envolvam geração de emprego, combate à fome e salário mínimo.
"O Congresso continua mais conservador do que já estava, então o governo vai ter que dialogar com a gente. O país está precisando de bombeiros, para ajudar a manter a paz no país. A gente precisa de consensos, e não de conflitos", disse.
Outra liderança que também se posicionou favorável ao presidente petista eleito é o bispo Edir Macedo, da Universal, que afirmou que é preciso "perdoar" Lula, eleito por vontade de Deus.
Contudo, um dos líderes evangélicos ainda permanece distante, o pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus Vitória em Cristo. De acordo com a coluna, dois emissários de Lula chegaram a procurar aliados de Malafaia por telefone. No entanto, diante da resistência, tentaram novamente, desta vez enviando um pastor amigo do vice-eleito Geraldo Alckmin.
Até o momento, Malafaia não quer proximidade com o novo presidente, a quem continua chamando de ladrão. “Não tenho diálogo nenhum com um cara desses, condenado em um governo de ladrões, no maior escândalo de corrupção no mundo. Meu irmão, minha consciência não permite, não”, disse à reportagem.