Política

“Lula terá desgaste se não caminhar para o centro”, afirma Kassab

Presidente do PSD diz ainda que PT pode atrapalhar o governo de Lula

Por Da Redação
Ás

“Lula terá desgaste se não caminhar para o centro”, afirma Kassab

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Considerado um dos principais articuladores políticos da atualidade, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, analisa a crise do Congresso Nacional pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, a tensão é natural entre o Executivo e o Legislativo, mas há uma preocupação no efeito do PT sobre o presidente "O PT pode sim atrapalahar o governo do presidente Lula". As declarações foram feitas ao programa Amarelas On Air, da VEJA. 

“Se Lula não conseguir caminhar para o centro na condução das suas políticas públicas, ele vai ter um desgaste. Ele vai ter um desgaste. Eu divirjo em relação ao que o PT prega para o Brasil, em relação à condução da política econômica. Sou bastante conservador nisso, tenho preocupação com o excesso de gastos públicos. Eu acho que, se não houver controle, vamos ter muita dificuldade de controlar a inflação e vamos continuar com os juros altos”, afirmou Kassab. 

Na entrevista, o presidente do PSD também defendeu a atual política de juros do Banco Central. Para Kassab, a cautela demonstrada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, é necessário no atual momento, considerando o risco de uma disparada da inflação.

“Essa taxa de juros tem esse patamar baseado na constatação de que não tem nada pior para o Brasil do que a volta da inflação”, disse Kassab, acrescentando que Campos Neto tem demonstrado “muito boa vontade com o governo”, mesmo tendo a responsabilidade de decidir pela redução dos juros sem a certeza de que o governo fará sua parte na Economia. “Acho que essa cautela do Banco Central tem sido importante para o Brasil”, disse. 

Kassab ainda comentou sobre o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o petista é uma peça-chave para equilibrar o governo e, aos poucos, ele tem feito valer suas opiniões e conquistar a confiança dos setores que antes temiam sua indicação.

conquistar a confiança de setores que antes temiam sua indicação. “Depois da eleição do Lula, eu percebia, todo mundo percebia, muita preocupação com o Haddad e pouca preocupação com o PT. Todos entendiam: o Haddad, no Ministério da Fazenda, não vai ser positivo. E as coisas mudaram, né? Hoje existe mais confiança no Haddad na condução da economia e menos no PT.” 

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