Mãe denuncia suposto caso de racismo no Atacadão
Caso aconteceu no dia 30 de novembro, mês da Consciência Negra

Foto: Divulgação
A mãe de um menino negro, de 8 anos, denunciou ao Metro1, um caso de racismo no supermercado Atacadão, unidade de Cajazeiras, em Salvador. Segundo a mãe da criança, o seu filho foi abordado por uma funcionária do estabelecimento, que, ao ver a criança com um pacote de macarrão instantâneo nas mãos, perguntou se ele ia pagar pelo produto ou se iria roubá-lo.
As imagens da câmera de segurança do local foram negadas pelo gerente. A situação aconteceu no dia 30 de novembro (mês da Consciência Negra), por volta das 20h. Um boletim de ocorrência foi registrado no mesmo dia.
A mãe conta que tinha ido ao mercado justamente para comprar lanches para o filho mas saiu de lá sem nada. Foi o próprio menino que, incomodado com a situação, pediu à mãe para sair o mais rápido possível do estabelecimento.
O grupo Carrefour, empresa que administra o Atacadão, disse que "tomou conhecimento do caso" e iniciou "rigorosa apuração interna e está buscando contato com a cliente para qualquer tipo de suporte". A rede disse ainda que "reitera o seu compromisso com políticas sérias de diversidade e repudia veementemente qualquer tipo de discriminação".
O Grupo Carrefour esteve envolvido em um caso grave de racismo às vésperas do dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, em 2020. Foi em uma loja da rede, no Rio Grande do Sul, que João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, foi espancado até a morte por seguranças da loja.