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Mãe e filhas morrem por conta da Covid-19 em menos de 15 dias no interior de SP

Família relata que vítimas eram muito unidas e foram contaminadas na mesma época

Por Da Redação
Ás

Mãe e filhas morrem por conta da Covid-19 em menos de 15 dias no interior de SP

Foto: Reprodução/G1/Arquivo Pessoal

Uma idosa e suas duas filhas foram diagnosticadas com Covid-19 e morreram em menos de 15 dias, em Barra do Chapéu, no interior de São Paulo. Segundo a família, Zilda Figueiredo, de 75 anos, Sandra Figueiredo, de 47, e Selma Figueiredo, de 43, eram muito unidas. Selma tinha dois filhos, de 12 e 13 anos. A irmã, Sandra, também deixou dois filhos, um adolescente de 15 e Josilene Rodrigues, de 24 anos.

Josilene relatou ao G1 que a perda da mãe foi muito dolorida, assim como a da tia e da avó, já que a família sempre foi muito unida. De acordo com ela, as três tinham comorbidades. "Minha mãe trabalhava em uma escola como monitora. Ela começou a apresentar alguns sintomas leves no dia 28 de maio, principalmente tontura, e depois teve febre e tosse seca", relata.

Sandra testou positivo para a Covid-19 no dia 6 de junho. Primeiro, tratou a doença em casa, mas teve piora no quadro e, três dias depois, foi internada em um hospital de Apiaí, cidade vizinha, sendo posteriormente transferida para a Santa Casa de Itu, onde foi intubada no último dia 12. No dia da intubação de Sandra, a irmã Selma passou muito mal e foi ao hospital, morrendo na unidade antes mesmo de ser internada.

"Minha tia já estava mal há dias, mas não falava para a gente, dizia que era apenas uma tontura. Ela também testou positivo para a Covid-19, e quando chegou ao Hospital de Apiaí, só deu tempo de fazer raio-X, mas o pulmão dela já estava 90% comprometido. Ela teve parada respiratória, morreu ali mesmo.", conta. A mãe das duas, Zilda, também testou positivo e foi internada no dia 11 de junho por complicações da doença. 

No dia 23, Sandra veio a óbito por falência múltipla de órgãos, e no dia 25 a mãe também faleceu. "Nenhuma das três soube que as outras morreram. E elas eram muito apegadas, moravam no mesmo bairro, viviam uma na casa da outra (...). Meu avô e os filhos da minha tia também testaram positivo para a doença, mas conseguiram tratar em casa.", diz Josilene.

As três já foram sepultadas pela família, que agora tentar superar a dor e seguir em frente. "As pessoas precisam se cuidar, porque é um doença muito séria, mesmo. E também devem procurar um médico, porque é um vírus que age muito rápido. Infelizmente, perdemos três pessoas muito amadas, e não esperávamos que acontecesse dessa forma. É difícil até definir o que estamos sentindo", lamenta.

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