Brasil

Maia diz que novo Refis deve ter dívidas contraídas na pandemia

O dirigente defendeu a ideia de não  "misturar com o passado", mas se concentrar apenas nas dívidas tributárias

Por Da Redação
Ás

Maia diz que novo Refis deve ter dívidas contraídas na pandemia

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) falou sobre o Programa de Recuperação Fiscal (Refis), que tem como intuito regularizar débitos das empresas relativos a tributos e contribuições. Em seu posicionamento nesta terça-feira (16), por teleconferência, o dirigente defendeu a ideia de não  "misturar com o passado", mas se concentrar apenas nas dívidas tributárias contraídas durante a pandemia do novo coronavírus. 

"Tem que tomar cuidado para não misturar com dívidas anteriores. Há sempre uma cultura no Brasil de não pagar impostos para esperar um novo Refis e isso faz muito mal para a economia", disse Maia, durante a “Conexão Empresarial” com políticos e empresários de Minas Gerais.

Segundo ele, o tema será avaliado  "em algum momento", mas podendo ser no segundo semestre de 2020.  Além disso, ele relembrou os parcelamentos que estão sendo pagos do último Refis, aberto em 2018. "Uma coisa é aquilo que aconteceu na pandemia e outra coisa é o passado", frisou.

Falando da ideia de não misturar um novo Refis com dívidas anteriores, o debate deve acontecer em conjunto com a análise da reforma tributária. 

Outro assunto comentado foi a manifestação do último sábado (13), com disparos de fogos de artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF), classificando o ato como "inaceitável".  "Chegamos ao ponto de ver, no sábado, manifestantes soltando morteiros em direção ao STF e isso é inaceitável que ocorra", criticou.

Ele disse, ainda, que a crise política entre os poderes é uma sinalização "muito ruim" que o país dá durante a pandemia, gerando insegurança nos investidores. 

“Cabe ao governo, com o parlamento, encontrar, dialogando com o setor produtivo, soluções para que a gente possa superar essa crise. Ela não será superada com conflitos e polêmicas, ela será superada pela parte de todos com união, diálogo e a construção desses caminhos”, concluiu. 

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