Maia sinaliza que Câmara analisará Reforma da Previdência sem ressalvas de Guedes
Presidente da Casa disse que objetivo é blindar o Brasil da crise, reformando o Estado com um olhar para os mais pobres
Foto: Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) adotou um discurso duro frente às críticas do ministro da Economia Paulo Guedes ao parecer da reforma da Previdência, apresentado quinta-feira (13) na Comissão Especial que analisa a matéria. "O ministro da Economia sempre foi o bombeiro das crises, agora o bombeiro vai ser a Câmara dos Deputados. Nós não vamos dar bola para o ministro Paulo Guedes com as agressões que ele fez ao Parlamento", afirmou Maia nesta sexta (14).
Maia disse que o objetivo da Câmara é blindar o Brasil da crise, reformando o Estado com um olhar para os mais pobres. "Nós querermos que a pobreza diminua no Brasil, que o desemprego caia, que a gente volte a ter esperança na educação e na saúde. Nós não vamos entrar nessa crise criada pelo ministro, ele pode falar o que quiser, nós estamos muito convictos", acrescentou.
Ainda nesta sexta, no Rio de Janeiro, o ministro Paulo Guedes afirmou que a Câmara abortou a nova Previdência. "Recuaram na regra de transição e como ia ficar feio recuar só nos servidores, estenderam também para o regime geral", provocou.
Rodrigo Maia ainda disse que em uma democracia é o coletivo que vale e frisou que os 513 deputados representam os brasileiros. Maia reforçou não ter compromisso com o governo, mas com o país. "Essa usina de crises que é o governo, vamos deixar pra lá", falou.
Mudanças
Rodrigo Maia disse que continua a dialogar com o governadores, citou Wellignton Dias (PT-PI), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Helder Barbalho (MDB-PA), e garantiu que vai trabalhar para reintroduzir Estados e municípios na reforma. Sobre o sistema de capitalização, avalia que uma proposta do deputado Mauro Benevides (PDT) pode ser votada no segundo semestre.