Mais da metade dos partos no Brasil são cesarianas, diz IBGE
Segundo pesquisa, 42% das cirurgias são marcadas ainda no pré-natal
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De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais da metade dos partos realizados no Brasil são cesarianas. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (26), mostra que 55% das crianças nascem por meio da cirurgia, enquanto que 45% delas nascem de parto normal.
Segundo o Ministério da Saúde, a cesariana pode ser importante e necessário para salvar a vida da mãe e do recém-nascido. Mas, por se tratar de cirurgia, ao mesmo tempo, pode presentar riscos para a mulher e para o bebê, e não deve ser uma opção de parto, mas sim uma indicação médica.
No entanto, a pesquisa investigou qual o principal motivo do parto cesáreo ser permitido. No Brasil, entre as mulheres que realizaram, 42,6% alegam que a cesariana foi marcada com antecedência, ainda no período do pré-natal.
"Maior proporção de mulheres sem instrução ou fundamental incompleto tiveram parto vaginal/normal, quando comparadas às mulheres de níveis mais elevados de instrução. Assim, enquanto 62,3% das mulheres do grupo de mais baixa escolaridade tiveram parto vaginal, entre as mulheres de nível médio completo e superior incompleto tal percentual foi de 42,2%, sendo ainda menor entre aquelas com superior completo, 21,3%. Também foram observados percentuais mais elevados de mulheres que realizaram parto vaginal entre aquelas com níveis mais baixos de rendimento domiciliar per capita", descrevem os analistas da PNS 2019 no relatório da pesquisa.
Método contraceptivo
Cerca de 80% das brasileiras sexualmente ativas com idade entre 15 e 49 anos usa algum método contraceptivo. A mais usada entre elas é a pílula anticoncepcional, enquanto a camisinha fica em segundo lugar (20,40%) e a laqueadura (17,3%), na terceira posição.
A pílula, injeção e camisinha masculina são os métodos mais usados ??na faixa etária de 15 a 24 anos. Já o DIU é o preferido das que têm entre 25 e 34 anos. A ligadura ou a vasectomia (do marido) é a estratégia mais comum entre as mulheres de 35 a 49 anos.