Mauro Cid diz que transporte de joias sauditas em mochila 'foi o grande problema'
Relógio da marca Chopard entrou clandestinamente no Brasil através de um assessor do Ministério de Minas e Energia
Foto: Lula Marques/Agencia Brasil
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que levar as joias sauditas em mochila foi "o grande problema", após serem apreendidas na Receita Federal. O colar de diamantes e o Kit Rose Gold foram presenteados pelo governo saudita à Presidência da República, em outubro de 2021. As informações são da coluna Juliana dal Piva, do UOL.
O colar de diamantes ficou retido na Receita, mas o kit, com o relógio da marca Chopard, entrou clandestinamente em uma mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Cid fez menção ao "grande problema" do caso junto a um tuíte de um perfil de humor que mencionava que caso as joias fossem um presente elas estariam em uma mala diplomática e que constaria o registro do presente ao Estado. No final do texto, a mensagem questionava o motivo de alguém trazer "escondido na mochila".
Segundo a coluna, Cid chegou a admitir, em 5 de março deste ano, que os itens eram de "interesse público, mesmo que sejam privados". A menção dele ao fato de as joias serem "bens de interesse público" contradiz, no entanto, o movimento da defesa de Bolsonaro que chegou a pedir devolução das joias ao Tribunal de Contas da União (TCU) alegando que os itens pertenceriam ao ex-presidente.
"São bens de interesse público. Pergunta para eles se os ben (sic) de Collor, FHC, Lula e Dilma pagaram algum imposto?", escreve Cid. Wajngarten diz: "Não é isso".
Em seguida, o advogado questiona Cid onde está o relógio e Cid diz que estaria no "acervo do Pr", em referência ao acervo de Bolsonaro. Wajngarten então escreve a Cid: "Não existe culpa ou absolvição pela comparação simples".