Mauro Cid tentou vender relógio de luxo recebido em viagem oficial à Arábia Saudita
Em troca de e-mails obtida pela CPMI do 8 de Janeiro, ex-ajudante de ordens disse que não tinha certificado de garantia
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) tentou vender um relógio de luxo recebido em viagem oficial feita ao Reino da Arábia Saudita. A informação consta em documentos recebidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
Na troca de e-mails, um interlocutor responde a Cid agradecendo pelo interesse em vender o relógio e o questiona se a peça tem certificado de garantia original. O remetente explica, ainda, que o mercado para relógios da marca Rolex usados está em baixa, já que o valor de produção é muito elevado.
Na resposta, Mauro Cid explica que não possui certificado, já que o relógio foi recebido como presente em viagem oficial, mas garante que a peça nunca foi usada e estima seu valor em US$ 60 mil.
De acordo com registros do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, também obtidos pela CPMI, o relógio foi oferecido pelo rei Salman Bin Abdulaziz al Saud, da Arábia Saudita, durante visita oficial em outubro de 2019.