Ministério da Defesa perde quase 70% de verba de funcionamento, diz jornal

O Ministério da Defesa sofreu um corte de quase 70% na verba destinada a custos administrativos, como as contas de água e luz. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a tesourada foi feita com a recomendação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso Nacional, visando realocar recursos para o Novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC). 

Essa decisão gerou preocupação entre os membros do ministério, que temem uma possível paralisia nos processos cotidianos caso os recursos não sejam, pelo menos parcialmente, recompostos. Em nota, o Ministério da Defesa informou que, diante do atual cenário orçamentário, os técnicos da pasta estão buscando alternativas para "garantir a manutenção das atividades e dos principais projetos".

O desafio apontado pelos auxiliares do ministro José Múcio Monteiro reside nas contas operacionais do ministério. Com apenas R$ 42,3 milhões em caixa, a pasta enfrentou um dos maiores cortes de verba para o custeio da máquina em comparação com o ano anterior, quando dispunha de R$ 103,6 milhões para despesas discricionárias, destinadas a cobrir atividades rotineiras do ministério, como contratos de terceirizados.

Na terça-feira (30), ocorreu uma reunião da junta orçamentária, responsável por decidir sobre realocações de recursos ou aberturas de crédito extraordinário. Há uma expectativa de que o governo aproveite os R$ 5,6 bilhões vetados por Lula das emendas para compensar os cortes realizados nos ministérios, incluindo o da Defesa.