Ministro da Defesa pede votação paralela com cédula em papel
A ação seria para testar a integridade das urnas.
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O ministro da Defesa, coronel Paulo Sérgio Nogueira, sugeriu, durante a audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, a realização de uma votação paralela em cédulas de papel no dia da eleição, para testar a integridade das urnas. O assunto tem gerado polêmica entre o governo federal, Tribunal Superior Eleitoral e as Forças Armadas nos últimos meses.
Nogueira recomendou também uma “auditoria independente”. “A gente propõe uma pequena alteração no que está estabelecido, sendo coerente com a resolução do TSE. Ela prevê o teste das urnas em condições normais de uso. Como seria esse teste? Urnas seriam escolhidas, só que em vez de levar para a sede do Tribunal Regional Eleitoral, essa urna seria colocada em paralelo na seção eleitoral”, explicou.
Segundo o ministro, as pessoas seriam questionadas sobre a votação em papel.
“O eleitor faria sua votação e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para testar a urna. Ao fazer isso, ele geraria um fluxo de registro na urna teste, similar à urna original, e, após isso, os servidores fariam votação em cédulas de papel. Depois dessa votação, ela seria conferida com o boletim de urnas”.
O coronel afirmou que as sugestão ao TSE não têm “viés político” e que são baseadas em dados técnicos. “Não tem viés político. Não tem dúvida, não tem que colocar em cheque ou em dúvida. A aceitação não cabe à gente, cabe ao TSE, que tem suas nuances de logísticas, capacidade, recursos”, concluiu.