Ministro da Educação diz que o fim das escolas cívico-militares se deu por questões pedagógicas e não políticas
Camilo Santana citou a baixa adesão das escolas públicas como um dos principais motivos do fim do programa
Foto: Agência Brasil
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou na terça-feira (18), que o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, se deu por questões pedagógicas e não por questões políticas.
"Não são questões políticas, mas sim questões técnicas, pedagógicas e legais, porque não há previsão nem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nem no Plano Nacional de Educação para esse tipo de escola", explicou.
Ele também citou a baixa adesão das escolas públicas, a substituição dos recursos reservados e a distorção da valorização dos professores como sendo os principais problemas do programa.
"Temos aproximadamente 138 mil escolas de educação básica no Brasil. 292 aderiram a esse programa, 108 já saíram. Foram gastos apenas 0,24% dos recursos repassados do ministério para melhorar a infraestrutura. Também havia a distorção da valorização dos professores, enquanto você tinha um professor que ganhava R$5 mil, chegavam militares com bolsas de até R$9 mil além do seu salário", disse.
O ministro reforçou ainda que a decisão de manter ou não cada escola sera dos Estados e Municípios que aplicam o projeto.