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Mortes em conflitos por terras cresceram mais de 1000% no Brasil em 2021, aponta CPT

As vítimas, em sua maioria, são indígenas Yanomamis, que representam 101 dos 103 óbitos

Por Da Redação
Ás

Mortes em conflitos por terras cresceram mais de 1000% no Brasil em 2021, aponta CPT

Foto: Reprodução/G1

O Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc/CPT) divulgou um relatório nesta sexta-feira (10) em que revela que o número de mortes em conflitos por terras entre janeiro e agosto deste ano teve um aumento de 1.044% em relação a todo o ano passado. Em sua maioria, as vítimas são indígenas Yanomamis, que representam 101 (pelo menos 45 crianças) dos 103 óbitos, em contraponto com os nove que ocorreram em 2020. 

Essas conflitos e mortes ocorreram durante invasões de garimpeiros ao território Yanomami, que causaram assassinatos, agressões, ameaças ao território, contaminação da água e desmatamento, e transmissão de doenças, incluindo a Covid-19. Além dos homicídios, essas mortes compreendem a das crianças sugadas por dragas e outras que morreram afogadas ao tentarem fugir de tiroteios na região.

Ainda segundo a CPT, a falta de políticas públicas de saúde e alimentação para as comunidades indígenas, também geram mortes. Diante desses fatos, foi registrado um alto índice de desnutrição das crianças yanomamis, além do aumento de doenças como a malária, leishmaniose e pneumonia.

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) ainda verificou uma queda expressiva nos recursos pagos pelo governo, especialmente durante a pandemia da Covid-19. Em 2018, foi destinado R$ 1,1 milhão para a secretaria, no ano seguinte passou para R$ 494 mil, no ano passado R$ 200 mil e R$ 300 mil este ano, o que fez com que, em novembro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) cobrasse da Sesai, que é ligada ao Ministério da Saúde, um plano de reestruturação de atendimento aos índios yanomami.

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