Mourão afirma que as trocas não vão alterar a conduta da cúpula militar do País
Apesar de classificar a saída dos comandantes como algo "dentro do previsto", Mourão admitiu que a medida foi "abrupta" e que não era esperada
Foto: Reprodução/ Romério Cunha/ VPR
Um dia após a saída dos três comandantes das Forças Armadas, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (31), que as trocas não vão alterar a conduta da cúpula militar do País. Mourão defendeu o respeito ao critério de antiguidade na substituição, levando em conta o tempo de carreira dos comandantes. "Julgo que a escolha tem de ser feita dentro do princípio da antiguidade, até porque foi uma substituição que não era prevista".
Ao falar do assunto na manhã desta quarta (31), Mourão ressaltou que as Forças Armadas atuam dentro de um "tripé" de princípios de legalidade, legitimidade e estabilidade. “Então, não muda nada”.
Para Mourão, a decisão de Bolsonaro foi "dentro do previsto", já que os chefes das Forças não possuem mandato e podem ser "substituídos a qualquer momento". Porém, esta foi a primeira vez na história em que três comandantes são demitidos em conjunto no meio do mandato presidencial .
Apesar de classificar a demissão dos comandantes como algo "dentro do previsto", Mourão admitiu que a medida foi "abrupta" e que não era esperada. "Essa foi uma mudança mais abrupta, mas está dentro do previsto. Os comandantes não têm mandato". Ele acrescentou que os chefes das Forças podem ser "substituídos a qualquer momento".
Mourão também disse que os novos comandantes devem ser escolhidos pelo critério de antiguidade, respeitando o tempo de carreira.