Mulheres dedicaram mais que o dobro do tempo dos homens nos afazeres domésticos na Bahia em 2022

As mulheres seguiam dedicando pouco mais que o dobro de horas semanais do que os homens aos afazeres domésticos e/ou cuidados com pessoas na Bahia, no ano de 2022, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Em média, as mulheres na Bahia gastavam 23,1 horas semanais em atividades domésticas e/ou cuidados, enquanto os homens dedicavam 10,9 horas, revelando uma desigualdade de 12,1 horas, a quarta maior entre os estados, superando a média nacional.

No quesito de desigualdade por cor ou raça, na Bahia, as mulheres pretas ou pardas dedicavam 1,6 hora a mais por semana do que as brancas a afazeres e/ou cuidados. No entanto, quando ambas estavam empregadas, a disparidade aumentava, tornando-se a segunda maior entre os estados. As mulheres brancas ocupadas gastavam 17,0 horas semanais em tarefas domésticas e/ou cuidados, enquanto as pretas ou pardas ocupadas gastavam 19,5 horas, uma diferença de 2,5 horas.

Em 2022, na Bahia, mulheres em domicílios com crianças de até 6 anos tinham quase 20% menos chances de estar empregadas do que aquelas sem crianças em casa. O nível de ocupação para mulheres em geral era de 53,3%, aumentando para 56,8% entre as que não tinham crianças e caindo para 45,7% entre aquelas com crianças pequenas, uma diferença de 11,1 pontos percentuais, a quarta maior entre os estados.

A nível nacional, o indicador mostrava que o nível de ocupação para mulheres em domicílios com crianças pequenas era 9,6 pontos percentuais menor do que para aquelas sem crianças, ressaltando a importância de creches, escolas e redes de apoio para garantir a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, crucial para a autonomia financeira e econômica das mulheres.