Mulheres são maioria na área de saúde, mas ganham 25% menos que homens, diz estudo
Pagamentos são mais baixo onde atuação feminina prevalece, confirma o relatório
Foto: David Mark/Pixabay
Um estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), revelou a disparidade de salários entre homens e mulheres que trabalham no setor de saúde e cuidados. Mesmo sendo maioria na área, mulheres ganham 25% menos. A diferença salarial é maior que em outros setores econômicos.
Ainda de acordo com o levantamento, o valor seria de 20%, mas outros fatores, como idade, educação e tempo de trabalho, fazem o número subir. O relatório também revelou que os salários da área de saúde são mais baixos que em outros setores, o que confirma que os pagamentos são menores em áreas que a presença feminina é predominante.
As mães que atuam na área da saúde têm dificuldades adicionais, com a diferença de vencimentos entre homens e mulheres aumentando significativamente durante os anos reprodutivos e persistindo pelo resto de sua vida profissional.
De acordo com a diretora do Departamento de Condições de Trabalho e Igualdade da OIT, Manuela Tomei, é necessário que haja melhores condições de trabalho e salários para esses profissionais, em especial às mulheres, que são maioria, para que o serviço de saúde seja melhor.
O diretor da força de trabalho em saúde da OMS, Jim Campbell, acrescentou que o relatório contém histórias de sucesso em vários países, incluindo aumentos salariais e compromisso político com a equidade na remuneração, que apontam o caminho a seguir. Campbell acredita que as evidências e análises do relatório devem informar governos, empregadores e trabalhadores para que tomem medidas efetivas contra o problema.