Novo ministro da Cidadania, João Roma critica lockdown
Roma administra a pasta responsável pelo auxílio emergencial e Bolsa Família
Foto: Isac Nóbrega/PR
O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), se manifestou em entrevista à Radio Pan, nesta segunda-feira (8) contra o lockdown e classificou ações de prefeitos e governadores como 'açodada" por conta da “comoção pela quantidade de mortes”.
“A gente precisa ter muito cuidado com os direitos individuais do cidadão brasileiro. É óbvio que estamos enfrentando um momento de pandemia. É preciso muita cautela, mas também não podemos admitir sobressalto, atitudes precipitadas, uma vez que a própria OMS alega que o melhor caminho não é, de fato, o lockdown. Nós temos que atenuar, sim, algumas medidas exacerbadas que têm acontecido no Brasil. Óbvio, os gestores ficam muito açodados com o que ocorre. Há obviamente uma comoção pela quantidade de mortes, pelo que ocorre no Brasil inteiro, mas precisamos valer a nossa Constituição, ter muita serenidade e cooperação”, afirmou.
Deputado federal pela Bahia e aliado há mais de 20 anos de ACM Neto, Roma agora alinha o discurso ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a ameaçar os governadores, sinalizando que o governador que decretar lockdown no período de vigência da nova rodada do auxílio emergencial, deverá arcar com o custo do programa de transferência de renda.
"Não basta dizer apenas ‘fique em casa’, porque não tem como atenuar o sofrimento dos seus filhos e sua família. Nós precisamos ter muita seriedade e unir todas as forças para que a gente consiga atenuar o sofrimento. É natural que, se houver medidas de recrudescimento na área economia, resultará no empobrecimento de uma gama de brasileiros e por consequência mais pessoas necessitando do auxílio (emergencial), mais pessoas na faixa de vulnerabilidade”, pontuou.