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Número de colisões envolvendo ônibus e caminhões crescem no Brasil

Ao todo, 5.381 pessoas morreram nas rodovias federais brasileiras em 2021

Por Da Redação
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Número de colisões envolvendo ônibus e caminhões crescem no Brasil

Foto: Divulgação/PM

Segundo um levantamento feito pela Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), baseado em dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de colisões envolvendo veículos pesados cresceu nas rodovias federais brasileiras em 2021.

As ocorrências envolvendo ônibus e micro-ônibus tiveram alta de 10% no último ano. Já os acidentes envolvendo caminhões subiram 2,90%.

“Infelizmente, as tragédias envolvendo veículos de grande porte foram recorrentes em 2021. O aumento da circulação de veículos irregulares e clandestinos é um alerta para a necessidade de reforçar a fiscalização para garantir o cumprimento da Lei do Descanso, coibir o consumo de álcool e substâncias psicoativas e garantir que os veículos estejam regulamentados e dentro dos padrões de segurança”, afirmou o diretor científico da Ammetra, Alysson Coimbra.

Outro levantamento da Ammetra aponta que o número de infrações por desrespeito à Lei do Descanso apresentou alta de 272% nos últimos anos, crescendo desde 2018, ano em que foram computadas 5.775 infrações.

Em 2020, o número subiu para 21.499. E, até maio de 2021, a PRF já havia registrado 11.366 infrações. “A falta de descanso e o consumo de drogas e estimulantes são uma combinação perigosa para todos no trânsito”, completa o diretor. 

Segundo os dados, ao menos 5.381 pessoas morreram e 71.664 ficaram feridas nas rodovias federais brasileiras no último ano. Na comparação com 2020, a ocorrência de colisões graves cresceu 3,34%, já o número total teve alta de 1,33% e o de mortes, de 1,68%.

“Nos últimos anos a gravidade dos sinistros vem crescendo em decorrência da imprudência dos motoristas e do excesso de velocidade. Alterações na saúde mental e psicológica dos condutores também os deixaram mais agressivos, desatentos e negligentes. Esse cenário também leva à maior ocorrência de dependência química, e esse uso continuado altera a capacidade de dirigir de forma segura”, afirma.

De acordo com Coimbra, o excesso de velocidade, a desatenção e o desrespeito às normas de trânsito, além do consumo do álcool e de substância psicoativas, estão entre as principais causas de sinistros no país.

"Além das ações permanentes de educação, é preciso aumentar a fiscalização ostensiva nas rodovias e investir na modernização da estrutura de trabalho desses agentes, pois o crime organizado segue utilizando cada vez mais o sistema rodoviário em suas ações”, conclui.

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