O alerta do coronavírus
Confira o nosso editorial desta sexta-feira (24)
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A inédita doença respiratória na China, causada pelo novo coronavírus, desperta nas pessoas um antigo medo da humanidade: outra pandemia global, como a Peste Negra, por exemplo, que no século 14 ceifou, segundo investigações históricas, de 75 a 200 milhões no território que hoje compreende Europa e Ásia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, já afirmou que não há nenhum risco de uma devastação nesta proporção, apesar de não negar a letalidade do coronavírus.
Até a manhã desta sexta-feira (24), o balanço oficial do governo chinês era de 26 mortes e mais de 800 casos em análise. São índices alarmantes para um alerta global, sem dúvida. No Brasil, o Ministério da Saúde instalou, na quarta-feira (22), o Centro de Operações de Emergência (COE) - novo coronavírus, mesmo sem detecção de caso suspeito no país (cinco casos suspeitos foram descartados).
O comitê tem como objetivo preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil. A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019.
É acertada a mobilização do ministério em ter equipes já preparadas para um possível atendimento de caso suspeito no país. É uma obrigação da pasta, mesmo, esclarecer e não gerar pânico desnecessário na população. O assunto é sério. Na China, Japão e Coreia do Sul, onde existem casos confirmados, mais de 40 milhões de pessoas já foram isoladas, festas populares foram canceladas e, em certas regiões, até mesmo transporte urbano coletivo está suspenso.