OMS: Cerca de 59% dos adultos sofrem de obesidade na Europa

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 60% dos adultos da Europa estão acima do peso. A entidade voltou a alerta sobre o risco da chamada "epidemia da obesidade" no continente.

Em relatório divulgado nesta semana, a organização apontou que 59% dos adultos apresentam quadro de sobrepeso ou obesidade, assim como 29% dos meninos e 27% das meninas. 

De acordo com a OMS, a condição causa mais de 1,2 milhão de mortes por ano no continente. Além disso, os riscos de  de doenças não-transmissíveis, como câncer, problemas cardiovasculares e diabetes do tipo 2, também são ampliados em razão da obesidade no país.

Atualmente, a obesidade está relacionada a 200 mil novos casos de câncer por ano na Europa e, segundo a entidade, o número deve vir a crescer nos próximos anos. 

A agência anunciou no relatório que nenhum dos 53 países que fazem parte da região europeia apresentam resultados que levam a crer que podem atingir a meta de travar a taxa de obesidade até 2025.

Causas complexas  

O relatório detalha que a obesidade está ligada à causas completas. Segundo a OMS, ao menos 500 mil pessoas morrem por ano de doenças cardiovasculares causadas pelo consumo de gorduras trans.

Já, em razão da pandemia da Covid-19, algumas mudanças prejudicaram tanto o consumo de alimento, como a prática de atividades físicas por partes dos cidadãos. O diretor da OMS Europa, Hans Kluge, sugere que seja feita a “promoção de investimentos e de inovação em saúde, além do desenvolvimento de sistemas de saúde mais fortes e resilientes”. 

Assim, o documento propõe uma série de intervenções e de políticas que podem ser implementadas pelos governos para combater a condição de saúde. Segundo a OMS, “as causas da obesidade são muito mais complexas do que a mera combinação de uma dieta que não é saudável e falta de exercícios”.  

Dentre os fatores que influenciam a alta de casos de sobrepeso e obesidade na Europa, está fatores ambientais, como o marketing digital de alimentos para crianças que não são saudáveis e a popularidade de jogos online, o que leva ao sedentarismo.  

Como medidas de combate, a OMS sugere que seja feita a implementação de intervenções fiscais, como o aumento dos impostos sobre bebidas com açúcar, restrição do marketing para alimentos infantis, subsídios para alimentos saudáveis e ampliação do acesso de serviços de saúde para pessoas obesas.