OMS: transmissão da varíola do macaco pode ser contida nos países não endêmicos
Pelo menos de 200 caos confirmados e suspeitos da doença foram identificados até o momento
Foto: Centro de Controle de Doenças/Divulgação
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, nessa segunda-feira (23), que a transmissão da varíola do macaco de pessoa pra pessoa "pode ser detida nos países não endêmicos".
Maria Van Kerkhove, diretora da luta contra a Covid-19 e para doenças emergentes e zoonoses na OMS, informou: "Queremos deter a transmissão de pessoa para pessoa. Podemos fazer isto nos países não endêmicos. É uma situação que pode ser controlada".
De acordo com a gestora, pelo menos de 200 caos confirmados e suspeitos foram repostados até o momento. "Estamos em uma situação em que podemos recorrer a ferramentas de saúde pública de detecção precoce e isolamento supervisionado de casos. Nós podemos parar a transmissão de humano para humano", pontuou.
Van Kerkhove afirmou ainda que transmissão também ocorre por "contato físico próximo: contato pela pele" e que, na maioria dos casos identificados, as pessoas não desenvolveram nenhuma forma grave da doença.
Segundo Rosamund Lewis, diretora da secretaria da OMS para a varíola do macaco no programa de emergências da ONU, a doença é conhecida há pelo menos quatro décadas e que poucos casos foram detectados na Europa nos últimos cinco anos em pessoas que haviam viajado para regiões onde a patologia é endêmica.
Entretanto, a diretora afirma que "é a primeira vez que vemos casos em muitos países e, ao mesmo tempo, em pessoas que não viajaram para regiões endêmicas da África", explicou, citando Nigéria, Camarões, República Centro-Africana e República Democrática do Congo.
Andy Seale, conselheiro estratégico nos programas da OMS para HIV, hepatite e doenças sexualmente transmissíveis argumentou que, embora o vírus possa ser transmitido por contato sexual, não é uma doença sexualmente transmissível.
