ONU registra morte de 92 trabalhadores humanitários em Gaza
As duas últimas vítimas fatais foram confirmadas na quarta-feira (8)
Foto: Divulgação/OMS
Desde 7 de outubro, quando teve início a guerra entre Hamas e Israel, 92 trabalhadores da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) foram mortos. Esse é o maior número de trabalhadores humanitários mortos na história da organização durante um conflito. Além disso, pelo menos 26 deles ficaram feridos em confrontos entre as duas partes.
As duas últimas vítimas fatais foram confirmadas na quarta-feira (8) após a queda de um projétil Sharpnel no pátio de uma escola em Khan Younis, cidade ao sul da Faixa de Gaza. Ao todo, o local abriga mais de 5 mil deslocados internos.
Vagas de trabalho
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou um relatório sobre a situação dos empregos e meios de subsistência na Faixa de Gaza. A agência aponta que a crise humanitária teve graves implicações ao causar o fechamento de pelo menos 61% de vagas.
A proporção corresponde a 182 mil postos de trabalho desde o início dos confrontos. O conflito tem repercussão na Cisjordânia, onde cerca de 24% dos trabalhadores ficaram desempregados durante o mesmo período, ou 208 mil pessoas afetadas. A estimativa é que a perda dos rendimentos laborais chegue a US$ 16 milhões e os “números devem aumentar com a piora das operações militares e da crise humanitária em Gaza”.