Operação Overclean: investigação conta com quase 150 dispositivos digitais apreendidos
Material só poderá ser periciado após o ministro do STF, Kassio Nunes Marques, dar seguimento ao processo
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Foto: Reprodução
Parada desde o fim de janeiro, as investigações da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal, que foi remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF) após evidências do envolvimento do deputado federal Elmar Nascimento (UB-BA), segue com a maior parte do acervo de 144 dispositivos digitais apreendidos sem conhecimento do conteúdo. As informações são da coluna Malu Gaspar, do jornal O Globo.
A expectativa é que o conteúdo dos 54 celulares, 51 HDs e pen drives e 33 computadores ou notebooks a serem periciados ajude a detalhar o esquema liderado pelo empresário José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo. A investigação apura sobre o desvio de emendas destinadas ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e lavagem de dinheiro a partir de contratos fraudulentos.
Os trabalhos foram suspensos pela PF e remetido ao STF assim que foram encontrados indícios de que o deputado baiano teria ligação com a quadrilha suspeita de desviar R$ 1,4 bilhão em verbas de emendas parlamentares.
As perícias só podem continuar depois que o ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso, dar prosseguimento ao processo. A partir da autorização do magistrado, o conteúdo do material digital apreendido poderá ser examinado.
Os policiais também apreenderam 14 computadores, dez HDs, quatro celulares e dois pen drives nas sedes das empresas investigadas no caso, incluindo a MM Limpeza Urbana, que pertence a Moura, além do próprio DNOCS.
A dedetizadora Larclean Saúde Ambiental, as administradoras FAP Participações e A&F Participações e a construtora Qualymulti Serviços também tiveram os aparelhos apreendidos.