Operação Overclean: 'Rei do lixo' pode ter acionado ACM Neto para obter pagamentos da prefeitura, diz coluna
Ex-prefeito não foi alvo de nenhuma medida da PF na operação e não é investigado no inquérito, mas é citado dentro da investigação
Foto: Reprodução/Farol da Bahia
O empresário Marcos Moura, conhecido como 'Rei do Lixo' e um dos presos na Operação Overclean, deflagrada na terça-feira (10), pode ter usado da sua influência junto ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), para liberar pagamentos da prefeitura ao grupo de empresários investigados. As informações foram antecipadas pelo jornal O Globo e confirmadas pela coluna de Natália Portinari, do UOL.
A Operação Overclean apura fraude em licitação do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) e em outras prefeituras pelo mesmo grupo de empresários, liderado por Marcos Moura e Alex Parente. De acordo com a coluna, o ex-prefeito não foi alvo de nenhuma medida da Polícia Federal (PF) na operação e não é investigado no inquérito, mas é citado dentro da investigação.
"Em decorrências dos contratos firmados pela empresa Larclean com o município, segundo o portal da transparência, a ORCRIM (organização criminosa) recebeu R$ 67.121.847,99 da Prefeitura de Salvador/BA, por meio da empresa Larclean. Conforme registrado na IPJ 3517658/2024, a licitação foi sistematicamente fraudada e os pagamentos superfaturados", escreveu a PF no pedido de prisão dos empresários, a qual o UOL teve acesso.
A MM Consultoria Construções e Serviços, empresa de Marcos, é especializada em serviços de limpeza urbana. O empresário é filiado ao União Brasil desde fevereiro de 2023, segundo o registro que consta na Justiça Eleitoral.
