Pacheco nega pedido de partidos de oposição para ocupar vagas da minoria na CPI de 8 de janeiro
Com isso, governo deve garantir maioria governista na comissão
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rejeitou nesta sexta-feira (5) o pedido dos partidos de oposição ao governo Lula para ocupar mais cadeiras da minoria na CPI dos Atos Golpistas, que foi criada em abril, mas ainda não foi instalada. Com a decisão, o governo deve assegurar pelo menos 15 das 32 cadeiras da CPI mista nas mãos de aliados, o que poderia resultar em uma maioria governista na comissão.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi criada com o objetivo de investigar as ações que depredaram os prédios dos Três Poderes. O grupo será composto por 16 deputados e 16 senadores, cujas vagas são distribuídas de acordo com o tamanho dos blocos partidários.
Os partidos de oposição - PP, PL e Republicanos - estavam tentando obter duas cadeiras a mais destinadas à minoria no Congresso, mas com a negativa de Pacheco, a oposição terá apenas nove vagas. As vagas são distribuídas entre os blocos partidários e não entre as legendas em si. Portanto, siglas de um mesmo bloco podem transferir vagas entre si, dependendo dos acordos.
A divisão das vagas por blocos na Câmara dos Deputados é a seguinte: o "Blocão" União Brasil, PP, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e Cidadania - PSDB (173 deputados) terá cinco vagas; o bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC (142 deputados) terá quatro vagas; o PL (99 deputados) terá três vagas; a Federação PT - PCdoB - PV (38 deputados) terá três vagas; e o PSOL - Rede (12 deputados) terá uma vaga.
No Senado, o bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC (38 senadores) terá 11 vagas; o bloco PT, Pros e PCdoB (12 senadores) terá duas vagas; o PSD (11 senadores) terá três vagas; o PL (6 senadores) terá duas vagas; a União Brasil (5 senadores) terá duas vagas; o PP (6 senadores) terá uma vaga; o Podemos (5 senadores) terá uma vaga; o PSB (2 senadores) terá uma vaga; e o PDT e PSDB (5 senadores) terão uma vaga compartilhada.
No entanto, ainda pode haver mudanças pontuais na distribuição de vagas entre as siglas de um mesmo bloco, dependendo dos acordos.