Brasil

Pandemia aprofundou desigualdades no Brasil, diz Anistia

Documento diz que conduta de Bolsonaro em relação à doença agravou ainda mais a situação

Por Da Redação
Ás

Pandemia aprofundou desigualdades no Brasil, diz Anistia

Foto: Reprodução/ EBC

A Anistia Internacional: O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, divulgou o Informe 2020/2021 nesta quarta-feira (7), e apontou que a pandemia de Covid-19, doença do novo coronavírus, aprofundou as desigualdades apropriadas do Brasil e virou pretexto para o aumento nas violações de direitos humanos no País.  

De acordo com o documento, o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro em relação à doença agravou ainda mais a situação, pois não garantiu o acesso da população aos serviços de saúde e nem proteção social aos prejudicados pela pandemia.

O enfrentamento da pandemia é um desafio em todas as nações, mas, conforme a análise do órgão, o surto no Brasil foi exacerbado pelas constantes tensões entre autoridades federais e estaduais. 

“A lentidão e a recusa do presidente Jair Bolsonaro em cumprir seu dever de liderar como ações capazes de mitigar os impactos da pandemia e proteger a saúde de brasileiras e brasileiros e a falta de coordenação nacional no enfrentamento da covid-19 levaram o País ao triste índice de muitos de vidas perdidas”, afirmou a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, em entrevista ao Estadão. “Desde o início da pandemia temos insistido que mortes evitáveis têm culpas atribuíveis.”

Ainda segundo o documento, o isolamento social contribuiu para o agravamento da violência doméstica. O indicador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que a taxa de feminicídio aumentou em 14 dos 26 Estados. 

As mortes provocadas pela polícia também aumentaram 7,1%, em relação a 2019. Foram 17 falecimentos por dia. Pelo menos 3.181 pessoas - 79% das quais negras - foram mortas por policiais entre janeiro e junho.

“A Anistia Internacional acompanhada com os resultados constantes do presidente Jair Bolsonaro e demais membros do seu governo a jornalistas e parte da sociedade civil organizada”, afirmou Jurema Werneck. “Estas atitudes são graves flagrantes de violações de parâmetros internacionais de direitos humanos. Tanto a sociedade civil organizada quanto a imprensa têm papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa.”

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