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Partidos avaliam novas alianças para eleições de 2026 diante da disputa por financiamento de campanhas políticas

PP e União Brasil podem se uniar na chamada 'superfederação', enquanto partidos com ideais erquerdistas avaliam junção

Por Da Redação
Ás

Partidos avaliam novas alianças para eleições de 2026 diante da disputa por financiamento de campanhas políticas

Foto: Reprodução/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Há pouco mais de 1 ano das eleições de 2026, partidos com visões diferentes discutem a possibilidade de formarem uma aliança para manter representantes à frente do poder ou para intensificar a força partidária com uma grande vantagem em relação à oposição.

Os dois casos são divididos em partidos diferentes, enquanto partidos como PSDB, Rede e PSOL estudam possibilidades de manter alguns representantes no poder político, outros como PP e União Brasil buscam uma aliança com o intuito de formar uma "superforça" política.


Possível aliança entre PP e União

Em relação às negociações das duas grandes forças partidárias do Centrão: União Brasil e PP. As siglas avaliam a criação de uma federação partidária, que pode inclusive ter um avanço ao longo da próxima semana.

O debate ocorre desde o ano passado. O partido Republicanos chegou a demonstrar interesse em fazer parte da aliança, mas desistiu após consultar as bancadas na Câmara e no Senado e membros de diretórios.

A possível união entre os dois partidos é considerado uma "superfederação" pelo potencial em se tornar a maior força partidária dentro da Câmara com 109 deputados.

O grande número de integrantes é considerada a força da união por conta da distribuição de recursos para financiamento dos partidos e de campanhas está diretamente relacionada ao tamanho das bancadas eleitas no Congresso.

Dessa forma, as federações podem se unir ao decorrer dos quatro anos a partir das eleições para obter melhores condições e direitos a recursos públicos mensais para o funcionamentos dos partidos e ao tempo de propaganda em TV e rádio.

Com a união dos partidos, deverá existir um consenso em quais candidatos vão assumir os cargos. Enquanto no financiamento das campanhas, cada partido receberá individualmente uma parcela do fundo público designado ao financiamento das eleições, mas os partidos aliados podem compartilhar os recursos.

A partir dessa análise, a "superfederação" seria contemplada com o direito a uma maior fatia do fundo de financiamento de despesas, com um maior fundo eleitoral para custear campanhas políticas em 2026.

Na noite da próxima terça-feira (18), o PP deve reunir parlamentares e dirigentes para discutir se realmente prosseguirão com a aliança. O União Brasil deve discutir as trativas sobre a junção durante toda a semana.


Planos da esquerda

Com a possibilidade de criação da "superfederação', a esquerda necessitaria aliados para disputar as eleições de 2026 em todo o país e enfrentar o poderio financeiro e publicitário da junção entre União Brasil e PP. Dirigentes do PT, do PCdoB e do PV avaliam uma ampliação da atual federação formada pelos três partidos.

Os dirigentes consideram ampliar a federação "Brasil da Esperança", convidando siglas como PDT e PSB. Além dos partidos citados, existem alguns com ideais alinhados à esquerda, como nos casos do PSOL e da Rede Sustentabilidade. O número da federação necessita ultrapassar o obtido nas eleições de 2022, para garantir o direito ao fundo partidário e ao tempo de propaganda em rádio e TV.

Dirigentes da Rede afirmam que existem sinais de "desgaste" na aliança com o PSOL desde a decisão de apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, no entanto, o PSOL sustenta que não existem discussões sobre o interrompimento da aliança entre as siglas.


Enfraquecimento do PSDB

O PSDB aparece no ano pré-eleitoral com a pior cenário já vivenciado pela sigla. O partido, que já presidiu o país e ocupou o topo do ranking de parlamentares eleitos, atualmente enfrenta uma dispersão em todos os estados. O agravante surge com a saída de nomes históricos, como o atual vice-presidente Geraldo Alckmin, que migrou para o PSB em 2022.

Em 2022, o partido não teve nenhum candidato ao Planalto pela primeira vez desde 1989, com o pior resultado da própria história nas eleições gerais. A insatisfação ficou mais nítida ao não conseguirem eleger senadores, terem conquistado apenas três governadores e perderem o comando do estado de São Paulo, que possuía posse há quase três décadas.

Diante do cenário desfavorável, o partido abriu negociações com uma série de partidos para reverter a situação. Ainda não foi divulgada uma aliança bem encaminhada, mas foram citadas possibilidades de aproximação ao PSD, MDB, Republicanos ou Podemos. O Podemos é o partido mais próximo de formar uma fusão, conforme divulgado pelo PSDB. Com a junção entre os partidos, seria criada uma nova sigla, com um novo nome.

A situação fica ainda mais delicada para o partido nas próximas eleições de 2026, onde para que os partidos tenham direito ao tempo de TV e rádio e ao fundo partidário, precisarão alcançar 2,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara — distribuídos entre 9 estados com, no mínimo, 1,5% dos votos válidos em cada estado, ou eleger, no mínimo, 13 deputados distribuídos em pelo menos 9 estados.

A principal preocupação do PSDB é o enfraquecimento do poderio financeiro, que poderia resultar no desaparecimento do partido. Existe a certeza de que o PSDB perderá a união com o Cidadania, que deve ser anunciada neste domingo (16).

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